quarta-feira, 13 de julho de 2011

Transformers é uma franquia cheia de altos e baixos, mas na maioria das vezes cumpre o que promete. Sim, sou do tipo que sabe apreciar um blockbuster de qualidade e acho que para se julgar um filme como este é necessário ser imparcial.
O que parece é que muitas pessoas esquecem que Transformers vem de brinquedos de ação e desenhos animados, uma trama adulta e pesada não é uma necessidade aqui, apesar de que também cairia bem.
Resumindo, para gostar de Transformers 3 é necessário gostar dos filmes anteriores, e para gostar dos filmes anteriores é necessário simpatizar com a trama, caso contrário, este com certeza não é o seu tipo.

 
Prometendo uma experiência única em 3D e um bom motivo para esquecer a existência do segundo filme, Transformers: O Lado Oculto da Lua chega ao Brasil nesta sexta-feira. O longa teve uma intensa campanha de marketing no Brasil, contando inclusive com a presença do diretor e elenco por aqui.
De fato, Michael Bay conseguiu aparar algumas pontas e este terceiro filme é indiscutivelmente melhor do que o segundo. Mas, claro, para alguns a expressão poderia ser “mais suportável” e opinião, inclusive, totalmente oposta; o que sustenta a nota sete apenas e unicamente para o público fã dos robôs. Leia a crítica clicando em “Ver Completo”.
Transformers: O Lado Oculto da Lua
por Ross L. Miller
O terceiro filme da franquia Transformers chega cheio de expectativas para os fãs. Não exatamente pelo frisson, mas pelo temor de Michael Bay repetir o desastroso resultado do antecessor, culpa convenientemente jogada à greve de roteiristas em 2007. Mas parece que Bay estava sendo sincero quando afirmou que A Vingança dos Derrotados (péssima tradução) era um lixo. Nota-se um esforço, em O Lado Oculto da Lua, de Michael Bay retornar aos elementos clássicos dos desenhos animados e, pasmem, de controlar um pouco seus “vícios” de produção.
O filme começa com uma narração de Optimus Prime comentando sobre a guerra em Cybertron e sobre o evento no qual seu antecessor, Sentinel Prime, desapareceu em uma nave chamada Ark, numa tentativa de proteger a “última esperança de Cybertron”. É perceptível aqui uma tentativa de se aproximar da ficção dos desenhos animados e quadrinhos tradicionais (um dos roteiristas do filme é do desenho original) exceto pelo fato de que a nave caiu na Lua. Detectada pelas superpotências durante a Guerra Fria, a busca dessa nave desencadeou a corrida espacial. Essa premissa torna o episódio, pelo menos durante sua primeira metade, um filme com alto teor conspiratório que insere até Chernobill na trama, o que, por si só, já ajuda a distanciá-lo dos seus antecessores.
Sam Witwicky (Shia LaBeouf) é agora um homem recém-formado e desesperado em busca do seu primeiro emprego. Depois de levar um pé na bunda de Mikaela (Megan Fox), conhece sua nova namorada, Carly Spencer (Rosie Huntington-Whiteley) ao receber uma medalha de bravura pelo presidente. Apesar da explicação mal colocada da substituição, Rosie consegue a proeza de colocar Megan Fox no passado da franquia. Fox simplesmente não faz nenhuma falta nenhuma. Rosie é mais bonita, mais sexy, melhor atriz e o mais importante, tem alguma utilidade.
Com um pequeno dedo do governo, o garoto enfim consegue seu primeiro emprego, sendo Bruce (John Malcovitch) seu chefe. Dentro da empresa, é alertado por um funcionário, que reconhece a ligação de Sam com os Autobots, sobre assassinatos de humanos por Decepticons e de um “segredo”, motivando-o a procurar por Optimus Prime.
Shia Labeouf e Rosie Huntington-Whiteley são perseguidos em Transformers: O Lado Escuro da Lua, terceira parte da franquia
A partir de então o clima conspiratório vai sendo substituído, aos poucos, por um filme quase clássico de Michael Bay. Quase porque, por um lado, a ação vai tomando conta do enredo de uma forma que não dá espaço para respirar. Por outro, o diretor parece se conter de forma relativa em relação a alguns de seus vícios, destacadamente as cenas em slow motion, contra-sol e frases bregas. Não que não existam, mas estão moderadas, e isso é um ponto para o filme.
Em contrapartida, alguns elementos secundários que erroneamente foram apontadas como motivo para o fracasso do segundo filme, notavelmente o humor, foram contidos de tal forma que o filme se tornou demasiadamente sério. O Lado Oculto da Lua é um Transformers muito mais pesado que seus antecessores, com direito a humanos sendo vaporizados e assassinados. Pode parecer um ponto positivo para quem desejava um filme mais adulto, mas ver Shia LaBeouf e John Turturro contidos na sua improvisação os apaga demais, e isso pode ter a ver com as recentes farpas trocadas entre Shia e Michael Bay e o anúncio de que ambos estarão fora do quarto filme, caso ele seja produzido.
Outros pontos, como o excesso de robôs, não incomoda tanto aqui como no segundo longa. Continuamos vendo o “estupro” de máquinas nas telonas tão criticado no segundo, aliás, muito mais robôs. Por outro lado, é dada a atenção apenas aos robôs que realmente fazem alguma diferença na história, particulamente o decepticon Laserbeak, encarnado aqui como uma espécie de Fênix metálica.
Apesar dos altos e baixos, Transformers: O Lado Oculto da Lua se aproxima do primeiro filme e, de alguma forma, redime a direção do fiasco do segundo. Mas superar o segundo filme não é um grande feito, mesmo para um Michael Bay. E se houver um quarto filme, só o fato de que Bay estará fora já é uma boa notícia.
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